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sábado, 20 de novembro de 2010

Literatura de cordel: a magia do povo nordestino.

Manifestação popular tipicamente nordestina, a literatura de cordel tem sua origem no menestrel da Idade Média e foi trazida ao Brasil pelos portugueses. No Nordeste, essa forma de escrever poesias ganhou terreno e se caracterizou  como uma das mais belas expressões da cultura popular da região. Usa-se o cordel para falar do cotidiano do povo nordestino, denunciar abusos políticos e as desigualdades sociais e divulgar outras riquezas da nossa cultura.
 O nome literatura de cordel é oriundo da forma de exposição dos folhetos. As obras são expostas penduradas em cordões nas barracas das feiras livres ou em árvores de praças públicas.
Geralmente os folhetos são compostos por poemas com estrofes de seis versos(sextilhas), mas também há estrofes de quatro, de sete e de dez versos, todas obedecendo à métrica para manter o rítmo do poema.
Temos representantes ilustres da literatura de cordel como Patativa do Assaré, o pombalense Leandro Gomes de Barros, José Alves Sobrinho, Téo Azevedo, José Pacheco da Rosa, entre outros.
Outra característica da literatura de cordel é que ela apresenta baixo custo para a produção e publicação dos folhetos, permitindo que os próprios poetas divulguem suas obras.
Mais do que uma representação da cultura nordestina, a literatura de cordel é um veículo de expressão de idéias, de sentimentos, de emoções e alegrias indivuduais e/ou coletivas.
Temos, quase em toda esquina ou rua de uma cidade, ou numa feira livre nordestina, um cordelista em potencial ou um repentista talentoso que usa seus versos e seus poemas para demonstrar a riqueza da nossa região.
Precisamos resgatar e manter vivo todo esse cabedal cultural popular nordestino, pois a cultura de um povo, de uma sociedade é a marca que conserva a sua história. E um povo sem história é um povo sem identidade, sem passado para legitimar o seu presente.

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